sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Brincando de matar monstros


Por incrível que pareça, histórias em quadrinhos ainda incomodam muita gente grande.
Autores, e autores, principalmente amantes da nona arte, já escreveram um vasto acervo bibliográfico em defesa das hqs como estímulo educacional criativo e ferramenta incontestável no desenvolvimento emocional de crianças, adolescentes e adultos.
O medo surge fundado em discursos conservadores antiquados que ainda vêem o entretenimento, principalmente o recheado de enredos violentos, como um exemplo negativo para os olhos de nossas inocentes crianças.
Busco fundo em minhas memórias, instigada pela obra de Gerard Jones, Brincando de matar monstros, as raízes da minha personalidade.
Regresso a minha pré adolescência, onde descobri o que chamo de marco zero da minha apreciação por histórias em quadrinhos: X MAN. Antes desse título, é como se eu tivesse apagado todos os gibis do Mickey e da Turma da Mônica da minha memória.
Me vejo atravessando paredes, vestindo o uniforme da Fênix negra, com uma vasta cabeleira de fogo, devorando mundos em minutos, claro, eu poderia devastar um mundo em segundos, mas preferia me demorar, afinal, o efeito visual desse poder valia a pena.
Quantas vezes criei personagens, e fui eles. Quantas vezes meu corpo serviu como ferramenta para vilões demolirem paredes, quantas vezes fui arremessada de costas contra pilares afundando o concreto. E quantas vezes já fui erguida pelo pescoço por oponentes enormes, com músculos irreais pipocando por todo o corpo, encrencada, sem saída, onde poderes latentes brotava para que eu saísse ilesa. Fui Elektra Assassina, que com um golpe cruzado de minhas mãos, duas adagas fatiavam ao meio algum engomadinho de terno e bem armado, sentindo um alívio temporário das minhas reais crises emocionais.
Criei mil adversários, e mil pontos fracos para eles, estratégias de escape ou formas para dominar o inimigo quando eu levava desvantagem. Abandonei amores em prol de uma causa maior, menos subjetiva.
Um dia cansei das lutas, principalmente quando notei que os diálogos travados por heróis e vilões durante uma batalha sempre eram vazios e inúteis. Foi aí que tropecei em Sandman, e passei a criar quartos e reinos no mundo dos sonhos de outras pessoas. E descobri mundos, e criei eles. E descobri histórias inimagináveis, lendas, e mais possibilidades.
Ler gibis é para preguiçosos mentais? Preguiça de ler? Me poupem. Claro, gibis são mais rápidos de ler do que livros, mas essa junção de textos e imagens faz nossa mente voar léguas. Milhões delas. A partir de um mundo pronto, você recria o seu, você simula sua vida. E queira ou não, se prepara para a vida real, onde cada um tem seu jogo, com suas regras, e você normalmente não escolhe a maioria dos jogos que vai jogar, mas passará a criar regras nesse jogo também.
A primeira propaganda enganosa criada pelo homem foi uma ilustração. As antiquíssimas pinturas rupestres encontradas nas paredes de cavernas, representando homens abatendo enormes mamutes não passavam de representações simbólicas que serviam apenas para criar uma aura mágica em torno de um desejo que o homem tinha. Na tentativa de gerar um poder extraordinário que tornaria o homem forte o suficiente para caçar tal animal, este deixou para as civilizações posteriores a impressão de que aquelas imagens eram reais, quando na verdade, descobertas científicas provam, através da análise de utensílios e das peles usadas para estes homens protegerem-se do frio, que o máximo que era caçado há milhares de anos eram pequenos coelhos.
Com o desenho o homem percebeu que podia aumentar um pouco a realidade, modificá-la, e passar da realidade em que vivia, para uma realidade que gostaria de viver.

Como diz Nietzsche:" O que vale não são os fatos mas as interpretações existentes". Que cada um se iluda com as próprias ilusões despertadas com a sua própria história.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Apesar do 2º round ter sido um grande terrorismo psicológico, ainda paira a felicidade no ar. Tempo de argumento: segunda-feira, 3º com o chefão da fase 4. 5º round com o chefão da fase 5 amanhã.
Algumas forças surgem no passado.
Alegria de estudantes de psicologia.
Voltar no tempo é a única forma de lembrar quem você é, e porque algumas coisas tocam tão fundo. Largar uma coisa que você constrói durante tempo é duro.
Mas largar as pessoas com as quais você tem contato todos os dias, aquelas que vivem te prometendo de presente um botão de volume e uma tecla de pause acoplada nas costas, na esperança de te deixar quieta um minuto. Que te fazem rir o dia todo, que te ensinam muita coisa, ou que te deixam furiosa ao ponto de querer descer no inferno tirar satisfação com diabo, dureza.
É difícil, porque eles sempre estão lá, e me deixam felizes. É o nosso jogo da vida. E assim a gente vive a loucura do dia-a-dia. Sempre buscando algo novo, de novo, de novo, mais uma vez, e nenhum dia é igual.
A peleia vai continuar, com sinais de fumaça.
Olá Óca Marketing Store, com uma identidade visual tão forte, e um desafio tão arriscado, como é que eu ia recusar.
Desculpas aos índios que ficam, mas vou ser xamã em outra tribo pra aprender uns feitiços, e espero que em meu possível retorno, eu encontre um pajé véio que me ensine.

CARALHO, CABEÇA DE MERDA, ESQUECEU O ÓCIO CRIATIVO PERTO DA PRAÇA QUANDO ACONTECEU O FATO ESTRANHO DO GAÚCHO RENAN. LIGAR PRA MARAVILHOSA PESSOA QUE ACIONOU A BIBLIOTECA, QUE ME ACIONOU. OTÁRIA, OTÁRIA, OTÁRIA.

sábado, 4 de agosto de 2007

nada de novo?

Se você está aqui, já aviso, não há nada para ver aqui. Se este blog foi encontrado, foi apenas um engano de alguma pesquisa em um buscador. Este foi feito apenas para estar mergulhado no oceano cibernético, para que eu possa colocar idéias desconexas e tentar me encontrar de vez em quando. Mesmo tendo em vista deixar rastros pessoais aqui, ele continuará público, afinal, há diversão em ser encontrado de vez em quando por alguém que está perdido, e principalmente, para desapontar essa pessoa. "Que merda, com tanta coisa pra ver vim parar aqui!".

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

E a aventura recomeça

Lá vamos nós novamente, há algum tempo venho pensando em criar um blog apenas para meu deleite, ou seja, guardar links interessantes (já que meu favoritos parece mais uma sobra de guerra), e praticar a criação de textos não científicos que vivem me travando. E lá vamos nós.